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6 melhores regiões vinícolas de Portugal – Vinhos portugueses para todos os gostos!

Jul 15, 2021

Quem diria que um dos mais pequenos países da Europa seria um dos maiores produtores de vinho do mundo? Assim como outros países da Europa, Portugal encontra-se inteiramente dentro das latitudes 30° e 50°, a região do planeta que possui as condições mais adequadas para o crescimento e desenvolvimento da Vitis vinifera, a uva a partir da qual é produzida a bebida.

Segundo dados do Wine Institute, Portugal tem 180 mil hectares do seu território inerentes à produção de vinho. Além de abastecer o grande mercado consumidor interno, os vinhos portugueses são apreciados em todo o mundo

Se está por Portugal e está com grandes dificuldades em eleger um vinho para as suas refeições, elaboramos um pequeno guia que lhe explica sucintamente as diferentes regiões vinícolas (as melhores) de Portugal e os paladares mais comuns aos vinhos de cada uma delas!

A região do Douro, o Vinho do Porto e a primeira Denominação de Origem de Portugal

De onde quer que esteja a ler este artigo, com certeza já ouviu falar do famoso Vinho do Porto.

Este vinho fortificado português surgiu com a necessidade de conservar a bebida que era destinada à Inglaterra e que precisava percorrer um grande trajeto pelo Rio Douro e pelo Oceano até chegar lá. Por isso ela era fortificada com água ardente feita a partir do bagaço das uvas. Esse aumento da popularidade da bebida, trouxe consigo o problema da falsificação, que foi resolvido com a criação da primeira demarcação de origem da história em 1756 (pelo marquês de Pombal), denominando a verdadeira procedência do Vinho do Porto.

A região, classificada património da humanidade pela UNESCO, é caracterizada pela paisagem de terraços ao longo do vale do rio Douro, uma forma milenar e bastante eficiente de cultivo. O solo do terroir é granítico e rico em xisto, o que leva as videiras a criarem raízes profundas, às vezes com cerca de 30 metros de profundidade, onde, além do Vinho do Porto se produzem também os vinhos do Douro não fortificados Branco e Tinto. O primeiro caracteriza-se por ser fino, leve, fresco e aromático, enquanto o segundo é aveludado, rico em cor e aroma, e ainda envelhece de forma nobre.

Lisboa – Tejo, produção vitivinícola tradicional

Com um clima temperado mediterrânico, com uma amplitude térmica reduzida e alguma humidade manipulado pelo rio Tejo e protegidos pelas serras, com solos argilo-calcários e argilo-arenosos, esta região, que é também uma das mais antigas regiões produtoras de vinhos em Portugal, reúne condições naturais únicas para a produção de vinho. Até hoje é utilizada a pisa a pé e a colheita é feita em comunidade, além da utilização de rolhas de cortiça tradicionais.

Desta forma, os vinhos tintos possuem aromas complexos, cor rubi e um nível equilibrado de taninos; enquanto os vinhos brancos caracterizam-se pela sua cor cítrica e pelo seu aroma fino e frutado, onde sobressaem as frutas tropicais e o pêssego, por vezes combinados com aromas florais.

Colares, as vinhas resistentes

Bem perto da região de Lisboa, mas tão únicas e distintas, estão as vinhas que nascem da areia: as vinhas da região vinícola de Colares, a região Demarcada mais ocidental da Europa Continental e a mais pequena região produtora de vinhos tranquilos do país.

Sem certezas do ano em que foi iniciado o cultivo da vinha de Colares, sabemos por certo que em 1154 o nosso primeiro rei Afonso Henriques já tributava os habitantes de Sintra pelo vinho.

Mas é já em meados do século XIX que estas vinhas ganham especial destaque quando chega à Europa a filoxera, uma praga que destruiu grande parte das vinhas em França, Itália, Portugal e um pouco por todo o mundo. Esse pequeno inseto atacava as vinhas pelas raízes. E foi precisamente por isso que as vinhas de Colares conseguiram sobreviver: plantadas em grande profundidade em solo de areia, estavam num ambiente muito pouco atraente para aquele bicho. A profundidade da plantação protege as vinhas dos ventos marítimos, da brisa salgada e da humidade. A redução de produção que de forma notória afetou todo o país terá promovido uma maior procura do vinho desta região. A carta de Lei de 1908 reconhecendo Colares como vinho de tipo regional, foi o diploma que criou a região demarcada, património de elevado grau de raridade, senão único, em todo o mundo vitícola.

Para além de serem produzidos em condições de microclima muito especiais, estee vinhos são provenientes de castas autóctones, ou seja, existentes exclusivamente na Região.

O vinho tinto de Colares é ainda hoje feito de acordo com as técnicas tradicionais, sendo composto de cerca de 80% de uvas da casta Ramisco e 20% de outras castas. Este vinho deve ser envelhecido pelo menos de 6 a 8 anos e apresenta uma cor acastanhada ou alourada, no seu sabor constata-se uma complexidade aromática relacionada com frutos secos e com frutos vermelhos, muito agradável. O seu teor alcoólico raramente ultrapassa os 11.5 graus. A produção é muito escassa, não ultrapassando as 20 000 garrafas ano.

Quanto ao vinho branco, a casta é Malvasia de Colares a qual dá origem a vinhos de cor citrina, aroma frutado e floral e gosto acídulo característico da mesma. Deve ser servido fresco. A produção média anual ronda as 15 000 garrafas, o que torna ainda mais escasso que o tinto.

Alentejo, a maior região produtora de vinhos de Portugal

Localizado ao sul e ocupando uma porção referente a quase um terço de Portugal, a região vitivinícola do Alentejo é caracterizada pelas suas planícies extensas, solos muito heterogéneos (argila, granito, calcário ou xisto), e níveis de insolação elevados, que resultam num perfeito enraizamento das plantas, preservando a acidez natural da fruta e permitindo a maturação das uvas e uma desejável acumulação dos açúcares e matérias corantes na pele da uva.

Deste modo, é possível obter duas qualidades de vinho: um vinho tinto de cor rubi, quente, equilibrado, de ligeira adstringência e aromas a frutos vermelhos, e um vinho branco cor de palha, encorpado, equilibrado e frutado.

Dão, vinhas no coração de Portugal

O seu nome deriva do Rio Dão, que atravessa a região que é cercada em todas as direções por montanhas, tão altas que os seus picos se cobrem de neve no inverno, e apresenta terrenos graníticos de baixa fertilidade. As cadeias montanhosas condicionam o clima, abrigando as videiras da influência marítima e da ação direta do clima continental. O clima é parecido com a região do Toro, Espanha, ideal para o cultivo de Tinta Roriz (conhecida lá como Tempranillo).

Os vinhos do Dão têm bastante personalidade e costumam ser resultado de cortes de castas diferentes, e de uvas de diferentes altitudes que podem variar de duzentos a mil metros acima do mar, como na Serra da Estrela, juntando num vinho diversos lotes de uvas de pequenos produtores.

O Vinho Branco resulta pouco alcoólico, rico em ácido málico e bastante frutado, enquanto o Vinho Tinto tem boa capacidade de envelhecimento.

Vinho Verde – Região do Minho

Vinho Verde, nome de vinho e o nome que é dado a esta região do Minho. Ganha este nome por causa da vegetação verde encontrada nas costas locais, o que acontece devido ao clima frio e chuvoso, influenciado por ventos que vêm tanto do mar, quanto do norte. Os solos férteis e predominantemente de granito que abrigam as centenárias videiras são cortados por rios que fluem das montanhas. Vinho Verde é a maior região produtora do noroeste do país.

E é nesta terra densamente povoada e de solos abundantes que nasceu o famoso Vinho Verde. Com características únicas e castas nativas, essa região prepara um vinho branco incomparável, sendo leve, jovem, fresco e aromático. A bebida adequa-se aos mais variados tipos de ocasião e acompanha muito bem saladas, peixes, carnes brancas, molhos cítricos, legumes, mariscos e sushi.

Fora de Portugal é comum encontrar o Vinho Verde branco, mas no país as variedades tintas e rosés são as mais frequentes. Nos restaurantes e entre os habitantes da região, a rosé é a mais pedida, pois é a combinação perfeita para acompanhar as típicas sardinhas assadas.

 

 

A história da vinicultura portuguesa segue uma longa tradição, conquistando uma posição merecida pela diversidade e alta qualidade de seus vinhos. Por isso, e graças ao grande gosto dos produtores e apreciadores, estes exemplares se tornaram famosas no mundo todo.

Conhecendo as principais regiões vinícolas de Portugal, certamente é possível experimentar grandes rótulos e aproveitar essa oportunidade para estar em ótima companhia!

Partilhe connosco qual os vinhos portugueses que já provou e de qual gostou mais!

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